Segundo a Polícia Civil de Minas, já passam de 40 os casos suspeitos de morte de cães por intoxicação após consumo de petisco da marca em vários Estados do País
Saudável, alegre, levada. Assim a analista de finanças e universitária Amanda Carmo, de Belo Horizonte, define Mallu, a cadelinha Shih-tzu de 6 anos que morreu na madrugada do dia 6.
Ela teve uma série de complicações de saúde após ter comido o petisco Every Day, fabricado pela empresa Bassar, de Guarulhos (SP). Segundo a Polícia Civil de Minas, já passam de 40 os casos suspeitos de morte de cães por intoxicação após consumo de petisco da marca em vários Estados do País.
"Meu sentimento é de revolta, estamos aguardando os laudos, mas temos quase certeza da causa. Espero que os culpados paguem por isso
Ficamos muito abalados aqui em casa de ver a Mallu tão saudável e, de repente, acontece isso", afirma a tutora. Ela conta que Mallu começou a passar mal no dia 21 de agosto, um domingo, após ingerir o petisco.
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"O engraçado é que minha outra cadela, Suzi, que é uma Lulu da Pomerânia, cheirou o produto e não quis comer", diz. Os primeiros sintomas foram muita sede.
"Ela começou a tomar água demais e a urinar pela casa, muita quantidade", afirma Amanda ao Estadão. Logo depois, Mallu começou a ter tremores. Já no dia 22, uma segunda-feira, ela foi internada. Os exames mostraram alteração no pâncreas e em vários órgãos. Ao longo daquela semana ela teve uma melhora e recebeu alta no sábado. "Mas o abdômen estava muito inchado.
No dia seguinte, levei na clínica UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Lá verificaram que a ureia dela estava muito alterada e me mandaram para outra clínica, onde foi internada imediatamente."
Recebendo todos os cuidados, Mallu tinha pequenas melhoras, que não se sustentavam. Na madrugada da última terça-feira, a cadelinha não resistiu. "Meu coração ficou despedaçado", lamenta a tutora.
Como os exames refutaram doenças, a principal suspeita é de morte por intoxicação, afirma Amanda. Ontem, levou o corpo da cachorrinha para necropsia. O petisco foi entregue à Polícia Civil, que está investigando esse e outros casos.
"Só quero que a justiça seja feita", diz Amanda. A despesa com o tratamento da pet foi de R$ 14 mil. Com noites sem dormir à espera de notícias, ela diz que buscará reparação não pelo valor financeiro, mas pela dor que está sentindo.
Redação Nosso Dia