As caudas e orelhas nos contam tanto sobre os sentimentos dos nossos peludo que além de uma mutilação física é também emocional. Ao cortar a orelha e/ou a cauda de um cão você está afetando a sua capacidade de comunicar-se com outros animais. É tão serio isso que as vezes ele pode se envolver numa briga por ter sido mal interpretado por outro cão.
Observando o quadro acima é possível ver a variedade de posições da cauda e da orelha conforme o estado de espírito do animal.
POSTURA RELAXADA
Fig1-
Nesta postura neutra, o corpo fica relaxado com
a cauda caindo naturalmente. As orelhas ficam em posição natural, sem apontar
para frente. A boca pode estar aberta ou fechada e os cantos da boca não estão
puxados nem para trás nem para frente.Esta é a postura que freqüentemente vemos quando o cão está numa situação confortável, como por exemplo, em casa.
POSTURA ALERTA
Fig 2
Esta é a postura do cão que está atento. Manterá
a cabeça alta, apontando a base das orelhas para frente e dirigindo seu olhar
para o objeto que chamou sua atenção.Normalmente, sua boca estará fechada.Ficará em pé, como se estivesse na ponta das patas e com a cauda normalmente na altura do dorso. Poderá ocorrer uma leve ereção dos pêlos ao longo do dorso.
Esta postura indica interesse. O que acontecerá depois dependerá do que despertou o interesse do cão e de como ele irá reagir. Ele poderá descobrir que não há nenhum motivo para se preocupar e continuará o que estava fazendo anteriormente, poderá descobrir que é o "papai" chegando do serviço e mudar seu comportamento para a Postura de Saudação., ou descobrir algum outro evento de seu interesse A Postura Alerta sempre é um prelúdio para outro comportamento.
POSTURA DE AMEAÇA OFENSIVA
Fig 3
Quando um cão exibe esta postura, ele é perigoso,
agressivo e está pronto para atacar. Atacará frente à menor provocação. Nesta
postura todo o corpo do cão é levado para cima e para a frente. Ele se mantém
bem na ponta dos dedos, parecendo mais alto. Os pêlos da base da cauda até as
orelhas se eriçam, aumentando seu tamanho corporal Sua cauda é mantida o mais
alto possível. As orelhas estão voltadas para frente.O focinho fica franzido, expondo os dentes pelos cantos da boca, puxados para frente. Normalmente a postura é acompanhada de um rosnado baixo, que deve ser levado à sério!!!
POSTURA DE AMEAÇA DEFENSIVA
Fig 4
O cão que exibe esta postura também é perigoso,
mas atacará somente em último caso. Nesta postura o cão está se auto protegendo
e somente atacará se for encurralado. Caso contrário, escolherá fugir. Ele está
assustado e poderá ser provocado ao ponto de morder.
Seu corpo ficará rebaixado e levado para trás, a cauda baixa, normalmente por entre as pernas e, mesmo com os pêlos eriçados, a estatura do cão parecerá menor.
Existem semelhanças na expressão facial de cães que apresentam ameaça ofensiva e defensiva. Ambos expõem os dentes enrugando o focinho, mas na defensiva os cantos da boca são puxados para trás. O cão poderá rosnar e
as pupilas estarão dilatadas.
NA SUBMISSÃO ATIVA
Fig 5
o cão encolhe o corpo, abaixa a garupa com o rabo entre as pernas. A frente do corpo também é rebaixada.
A
expressão facial não é ameaçadora. Todas as partes do corpo são
mantidas para trás: as orelhas, os cantos da boca, os cantos dos olhos. O
cão desviará o olhar, evitando manter contato visual.
O
cão se movimentará de forma rastejante em frente do outro cão ou
pessoa. Quando estiver nesta postura, o cão irá lamber a boca de seu
superior na escala hierárquica.
STRESS
Fig 6
Mesmo
não sendo exatamente uma postura, é importante reconhecer seus sinais.
Quando um cão está sob stress, mantém o corpo e a cauda abaixados,
orelhas e cantos da boca para trás e estará ofegando ou passando a
língua pelos lábios. Um cão estressado transpira pelas almofadas
plantares e dependendo do piso poderá se ver suas pegadas molhadas. As
pupilas estarão dilatadas.
Quando um cão está sob stress, não poderá ocorrer aprendizado.
Os olhos do cão são um excelente indicativo de seus pensamentos.
Ao
observarmos sua expressão saberemos o exato instante em que ele pensar
em atacar, pois seu olhar se tornará fixo e endurecido, também saberemos
reconhecer o olhar de ansiedade, alegria, súplica, chateação.
Ser
capaz de reconhecer a linguagem corporal canina é fundamental.
Compreender o cão nos permite lidar com ele de forma correta e
inteligente, pois seremos capazes de saber o que se passa pela sua
cabeça antes que seus pensamentos sejam transformados em ação. Desta
forma, atingiremos o objetivo de mostrar ao cão o comportamento que nos
desagrada com muito mais rapidez.
SUBMISSÃO PASSIVA
Fig 7
Nesta
postura o cão fica paralisado. Vira de barriga para cima, cauda
firmemente apertada contra a barriga, cabeça virada para um lado,
tentando evitar o contato visual. Poderá urinar quando nesta postura,
mas não se moverá. Poderá lamber seus próprios lábios ou nariz.POSTURA DE CONVITE PARA BRINCAR
Fig 8
Ao
convidar um outro membro para brincar, o cão abaixa a parte da frente
do corpo e levanta a traseira, como se fizesse uma mesura podendo abanar
a cauda que se mantém na horizontal ou acima da linha do dorso. Poderá
também correr em pequenos círculos com a garupa e a cauda encolhidasQUANDO É O RABO DO CACHORRO QUE DÁ A DICA
Agora que você já sabe que orelhas próximas à cabeça, postura
tensa e rabo reto significam "não mexa comigo". Orelhas em pé, corpo
agitado e rabo abanando significam "estou tão feliz em te ver"!
Mas existe outra, recém-descoberta,
característica da linguagem corporal dos cães que poderá surpreender donos de
animais de estimação e especialistas em comportamento canino. Quando cachorros
se sentem essencialmente positivos sobre algo ou alguém, seus rabos abanam mais
para o lado direito. Quando os sentimentos são negativos, abanam os rabos para a
esquerda. (observe na foto a seguir)
Um estudo descrevendo o fenômeno, "Respostas assimétricas de balanços de rabo dos cães à diferentes estímulos emocionais", publicado na edição de 20 de março da revista Current Biology. Os autores são Giorgio Vallortigara, neurocientista da Universidade de Trieste, e dois veterinários, Angelo Quaranta e Marcello Siniscalchi, da Universidade de Bari, ambas na Itália."Está é uma observação intrigante", disse Richard J. Davidson, diretor do Laboratório de Neurociência Afetiva da Universidade de Wisconsin, em Madison.
Um estudo descrevendo o fenômeno, "Respostas assimétricas de balanços de rabo dos cães à diferentes estímulos emocionais", publicado na edição de 20 de março da revista Current Biology. Os autores são Giorgio Vallortigara, neurocientista da Universidade de Trieste, e dois veterinários, Angelo Quaranta e Marcello Siniscalchi, da Universidade de Bari, ambas na Itália."Está é uma observação intrigante", disse Richard J. Davidson, diretor do Laboratório de Neurociência Afetiva da Universidade de Wisconsin, em Madison.
O estudo se encaixa em um grande corpo de pesquisas mostrando
assimetrias emocionais no cérebro, disse.Os rabos dos cachorros são
interessantes, segundo David, pois são a linha mediana do corpo canino, nem à
esquerda e nem à direita. Mas apresentam assimetrias ou não?Para descobrir,
Vallortigara e seus colegas recrutaram 30 cães domésticos com raças misturadas
que participaram de um programa de treinamento de agilidade. Os cães foram
colocados em gaiolas equipadas com câmeras que seguiam precisamente os ângulos
de seus rabos.
Então, quatro estímulos diferentes foram apresentados através de
uma abertura na frente da gaiola: seus donos; um humano estranho; um gato e um
cão desconhecido e dominante.Em cada momento, o cachorro testado via a pessoa
ou o animal por um minuto, descansava por 90 segundos e outro estímulo era
apresentado. Os testes duraram 25 dias, com 10 sessões ao dia.
Quando
os cachorros viam seus donos, seus rabos balançavam vigorosamente com
tendência ao lado direito de seus corpos, disse Vallortigara. Seus rabos
balançavam moderadamente, novamente mais à direita, quando apresentados
ao humano desconhecido. Ao enxergarem o gato, um macho de quatro anos
cujos donos ofereceram voluntariamente para o experimento, os rabos
novamente balançaram mais à direita, porém em amplitude menor.
Quando
apresentados ao cão desconhecido e agressivo - um grande pastor belga
Malinois - seus rabos balançaram com inclinação ao lado esquerdo de seus
corpos.
Desta
forma, quando os cães se sentiam atraídos por alguma coisa, incluindo
um gato amigável e acessível, seus rabos balançavam para a direita, e
quando sentiam medo, os rabos tendiam à esquerda, disse Vallortigara.
Isto sugere que os músculos do lado direito do rabo refletem emoções
positivas, enquanto os músculos do lado esquerdo, negativas.
Por-Sandra Blakeslee
Fontes pesquisadas:Dicas Peludas
viralataamigo.blogspot.com.br
www.psychologytoday.com