Comportamentos estranhos no cão
Se da noite para o dia seu cão passou a chorar boa parte do
tempo, deixou de brincar e perdeu o apetite, saiba que esses sinais nem sempre
significam depressão ou estresse, como podem parecer à primeira vista.Mudanças bruscas de comportamento às vezes denunciam
problemas de saúde insuspeitados
Será que ele anda carente de atenção? É a pergunta que muita gente se
faz quando o amigão chacoalha a cabeça de um lado para o outro sem parar e
choraminga pelos cantos. Só que esse comportamento, fique você sabendo, é
típico de uma bela otite, a inflamação de ouvido. Outra alteração que costuma
dar um nó na cabeça do dono é a inatividade repentina. O bicho, que vivia
correndo de lá para cá, só quer saber de ficar parado. Cansou de brincar? Nada
disso. O mais provável é que esteja com dor na coluna ou, pior, com uma artrose
daquelas, que leva a um desgaste nas cartilagens ósseas. E, se o seu
companheiro agora só busca refúgio nos ambientes mais quentes da casa ou
prefere passar horas sob o sol, desconfie de hipotireoidismo a baixa produção
de hormônios pela tireóide. É que o metabolismo fica mais lento e a temperatura
corporal tende a cair, o que o torna friorento.
Pois é, não dá para minimizar mudanças de atitude ou
atribuí-las à vontade pura e simples de chamar a atenção. Por trás delas pode
estar todo tipo de encrenca de anemia a verminose, de diabete a doença cardiovascular. O animal tenta comunicar o que está errado deixando de comer
direito, choramingando ou mesmo lançando ao dono um olhar cabisbaixo, conta o
veterinário Daniel Guimarães Gerardi, que também é professor na Universidade
União Pioneira da Integração Social, em Brasília, no Distrito Federal.
Sintomas físicos também enganam. É o caso de uma crise de
tremedeira, que pode ser confundida com frio excessivo e, na verdade, às vezes
indica um quadro convulsivo da epilepsia. Já tosses noturnas sugerem um
problema cardíaco, e não uma gripe. E a sede excessiva e injustificável, sobretudo
se o cão for sedentário, deve acender o alarme do diabete.
Se você notar qualquer alteração no humor e nos hábitos,
procure um especialista, orienta o veterinário Alexandre Gonçalves TeixeiraDaniel, de São Paulo. Ou seja, a regra de ouro é observar seu animal com toda a
atenção e saber que nem sempre o que ele pede é (apenas) carinho às vezes, ele
precisa é de remédio mesmo.
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Chora muito
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Vive chacoalhando a cabeça
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Anda curvado
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Respira ofegante mesmo parado
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Não sobe ou desce escadas ou evita qualquer outro lugar
alto
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Tosse demais durante a noite
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Bebe água sem parar
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Fica sempre perto de você
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Tem crises de tremedeira
Freqüentemente procura os locais mais quentes da casa
Liana Menegheti, de 39 anos, notou que a poodle Laila, de 4,
costumeiramente alegre e brincalhona, andava cabisbaixa e apática. Em vez de
achar que era tristeza e só enchê-la de dengos, foi ao veterinário. Sorte de
Laila. Ele diagnosticou uma inflamação na glândula adanal, localizada sob o
rabo, também conhecida como glândula do medo. E Laila já está sendo tratada.
por ELAINE MORAES
Fonte: www.saude.abril.com.br