Nos seres humanos já tememos ao mosquito Aedes aegypti, agora além de ter que nos proteger temos que tomar muito cuidado com os nossos cães. Pois o mosquito Aedes aegypti, também e perigoso para nossos animalzinho. Aqui tem muita informação que irar te ajudar a proteger o seu cachorrinho.
A dirofilariose canina tem como uma das consequências de seu perigoso tratamento a embolia pulmonar que pode levar à morte.
O
mosquito Aedes aegypti, temido transmissor da dengue, do zika vírus e
do chikungunya não é uma ameaça apenas para as pessoas, mas também para
animais de estimação. O famigerado mosquito também é responsável por
transmitir a dirofilariose canina, que tem como uma das consequências de
seu perigoso tratamento a embolia pulmonar que pode levar à morte.
O veterinário André Luís Soares da Fonseca, professor na
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), explicou ao portal IG
que "o Aedes aegypti prefere sangue humano, mas também ataca cães" –
momento em que o parasita dilofilaria immitis entra no corpo do animal e
passa a se desenvolver em seu coração, podendo atingir até 20
centímetros de comprimento.
“É um verme que fica em forma de novelo. O animal infectado chega a
abrigar no coração dez larvas ou até mais”, alerta Rodrigo Monteiro,
professor do curso de Medicina Veterinária na Universidade Anhanguera.
“O parasita se alimenta dos componentes do sangue, nutrientes e
proteínas do animal."
A partir do momento em que o Aedes aegypti contaminado com a
dirofilária pica o cão, o verme é transmitido para o animal, caindo na
corrente sanguínea e indo direto ao coração, onde instantaneamente
começa a causar danos.
Inicialmente de uma dimensão minúscula, capaz de passar pela tromba
do mosquito, o verme se desenvolve rapidamente e, em três anos, chega a
seu auge, com 20 centímetros, momento em que passa a causar maior
estrago ao organismo. Cansaço, dificuldade para se exercitar, tosse e
edema pulmonar são alguns dos sintomas.
O tratamento, diz Monteiro, é de alto risco, já que o medicamento
atualmente disponível mata o verme, mas, por se hospedar nas artérias do
coração e até do pulmão, se fragmenta e pode entupir algum capilar do
órgão respiratório, causando a embolia pulmonar e levando à morte. Sem
ele, no entanto, o animal está fadado a morrer, pois o verme continua a
crescer e se desenvolver dentro do coração.
“Mas os animais dificilmente morrem por infarto, porque o coração
canino consegue se irrigar de forma mais eficaz do que o humano quando
alguma artéria está obstruída", ressalta o especialista. "Só que a
embolia é ainda mais grave do que o infarto."
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Apesar de o primeiro vetor da doença ser o mosquito culex, um
pernilongo comum, a alta densidade do Aedes no País aumenta o risco de
transmissão pela espécie.
Proteger o cão é a melhor maneira de evitar a doença
Monteiro explica que há um medicamento vermífugo que pode ser
oferecido mensalmente aos cães que vivem em áreas endêmicas da
dirofilariose, mas que ele só vale como método preventivo, quando a
infecção pela larva ainda é recente.
“Se o cão for picado pelo mosquito infectado, assim que essa larva
cair no sangue, automaticamente ele vai morrer”, conta Ribeiro. Ele
enfatiza que o medicamento, receitado por médicos-veterinários, é seguro
e que há cães tomando-o mensalmente há mais de dez anos, sem registro
de efeitos colaterais.
Outra forma de prevenir, segundo Fonseca, da UFMS, é passar um
inseticida canino nos pelos dos cães, cuja eficácia contra o Aedes
aegypti é de 98%, com durabilidade da proteção de 30 dias.
A incidência da dirofilariose canina varia de região a região. O
litoral norte de São Paulo, o interior do Estado e o Nordeste do País,
por exemplo, são algumas áreas com maior número de casos em território
nacional.
Fonte: Com informações do iG
