É
importante que, antes de se tentar resolver o problema por contra
própria, consulte-se um médico veterinário especialista em Comportamento
Animal. Afinal, para que haja sucesso no tratamento, é imprescindível o
conhecimento de um profissional apto. Ele avaliará não só o problema
dos latidos, mas o animal como um todo. Seus comportamentos habituais,
temperamento, relacionamento familiar (socialização) e, principalmente, o
ambiente onde vive.
Geralmente,
depois de definidas as principais motivações do problemas (por exemplo:
chamar atenção, defesa de território, proteção à pessoas, medo,
ansiedade, solidão, brincadeira, trabalho, facilitação social
senilidade); o especialista recomendará o tratamento adequado.
As principais medidas gerais são:
- Promover/aumentar atividade física do cão;
- Promover/aumentar estimulação mental ao cão, principalmente nos horários onde os latidos são mais excessivos;
- Recompensar o cão (através de elogios, carinho e até petiscos), quando está quieto;
- Não punir latidos. (E sim, utilizar equipamentos para interrompê-los de forma despersonalizada, tais como coleiras anti-latido).
- Não punir latidos. (E sim, utilizar equipamentos para interrompê-los de forma despersonalizada, tais como coleiras anti-latido).
- Não oferecer brinquedos, petiscos, carinho ou até conversa; na tentativa de acalmar o cão que late excessivamente.
Apesar
de diversas possibilidades de tratamento, latidos excessivos constituem
um problema comportamental bastante difícil de ser extinto.
Coleiras Anti-Latido
Dentre
os diversos equipamentos eletrônicos à venda no mercado “PET”, as
coleiras anti-latido são, sem dúvida, os grandes destaques. São
aparelhos que contam com um mecanismo de sensores, capazes de detectar o
latido do animal e, em resposta, disparar um súbito jato de ar inodoro
ou até malcheiroso (odor de citronela).. Outras emitem um sinal sonoro,
em alguns casos perceptíveis ao cão e também ao dono, em outros,
ultra-sônico.
Desta
forma, mais do que um simples processo punitivo, a emissão destes
sinais (sonoros, visuais ou olfativos), visa interromper o comportamento
de latir: cabendo ao dono a tarefa de direcionar o cão para uma
atividade incompatível com os latidos. Assim, é dele a responsabilidade
de estar atento ao comportamento diário do cão, tentando, reforçá-lo
quando está quieto. E promover uma suficiente e apropriada estimulação
física e mental ao animal, de modo que os latidos não sejam a única
maneira de extravasar e liberar energia.
Como
é possível perceber, a genialidade das coleiras anti-latido está no
fato de isentar o dono da difícil tarefa de interromper os latidos ou
mesmo punir o cão que tanto late. Ou seja: as anti-latido promovem uma
punição despersonalizada. Quando esta função é exercida pelo dono,
corre-se o risco de comprometer seriamente o programa de treinamento.
Veja também...
Diversos
estudos científicos têm obtido resultados satisfatórios em relação ao
uso de coleiras anti-latido. Em um estudo realizado por Juarbe-Diaz e
Houpt (1996) verificou-se que coleiras anti-latido do tipo citronela
foram eficazes na eliminação de latidos excessivos – (89% de donos
satisfeitos).
Apesar
de diversas possibilidades de tratamento, latidos excessivos constituem
um problema comportamental bastante difícil de ser extinto.
Primeiramente, devido ao seu caráter fortemente instintivo e,
posteriormente porque, por siso, latidos são bastante recompensadores
para muitos cães.
Enfim,
ainda que o dono tenha paciência, dedicação e consistência perante o
tratamento, o sucesso deste pode significar um controle do problema, mas
não a sua completa anulação.
Fonte: Cães Anuário 2009